Notas iniciais: Primeiro, tenho que esclarecer que essa história NÃO É MINHA! É do livro Formaturas Infernais. Eu decidi coloca-la aqui como uma forma de "incentiva-los a ler", e porque achei uma história muito legal e criativa. De todo modo espero que gostem =)
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ANJOS DA MORTE PARTE 1
“Eu estava parada no meio do salão me perguntando por que eu aceitei vir ao baile de formatura com o Taylor. Eu não gosto dele! Eu não gosto dessa escola! E gosto menos ainda do fato de estar num baile deprimente no dia do meu aniversário!”
-Quer dançar?
– Taylor me perguntou ao voltar com um copo de ponche verde na mão.
-Não. –
Respondi rápido e um pouco grossa demais.
-Quer um
ponche? – Essa deve ter sido a décima quinta pergunta que ele me fez a qual eu
respondi um simples “não”. E, ao julgar pela aparência do ponche e a cara que
ele fez ao beber um gole daquele treco, deve ter sido o único “não” que ele
deixou passar.
Alguns minutos
se passaram e eu continuava a ignorá-lo, e a tudo ao meu redor, até que ele se
cansou e disse:
-Quer saber?
Pra mim chega, eu vou me divertir, se você quer ficar ai bancando “a rebelde”
fica, porque eu fui! – Minha única reação foi ficar ali com cara de tacho,
surpresa pela reação dele.
Foi então que
eu decidi que não precisava ficar ali. Era o meu aniversario e eu detestava
aquele lugar!
Andei até a
porta e esbarrei em alguém e MEU DEUS! De onde saiu aquele ser tão... tão...
perfeito?! Ele era alto, musculoso e tinha olhos azuis lindos e hipnotizantes.
-Desculpa.
Você esta bem? – “Melhor impossível”
-Sim –
respondi com um sorriso idiota no rosto.
-Sou Zac – ele
disse dando um sorriso que mostrava todos os seus (perfeitos) dentes.
-Miley – disse
tentando lembrar, sem sucesso, se já o tinha visto antes.
-Quer dançar?
-Claro! –
“isso vai virar o jogo com o Taylor” pensei olhando pra ele, que agora estava
com um garoto desconhecido.
-Eu vi o que
ele te fez. Se eu fosse você, não deixava isso ficar assim. – ele disse
-Você acha?
-Claro! Ele
tem que ver o que esta perdendo. – Zac falou com um ar de provocação. – Quer fazer com que ele entenda que você
não está mais com ele?
Por mais que eu soubesse que ele estava
sendo malicioso, acabei fazendo que sim com a cabeça.
Zac diminuiu o
passo, me puxando para ele em um movimento suave e equilibrado. E então me
beijou.
Havia pontos de luz colorida no rosto de
Taylor, e ele estava zangado.
Ergui as sobrancelhas em sua direção.
— Vamos embora — eu disse, dando o braço para
Zac.
**
– Obrigada por me tirar dali com o meu orgulho recuperado
—Vi o que ele fez. Ou eu fazia aquilo ou
jogava o ponche na cara dele. E você tem sempre que optar pela vingança mais
sutil.
Um sorriso malvado nasceu em meu rosto, não
tinha como evitar.
Nós dois nos viramos ao ouvir o som da porta
do ginásio se abrindo. Taylor saiu. Pressionei meu maxilar.
— Miley... — Ele estava chateado, e a minha
satisfação aumentou.
— Oi, Taylor! — eu disse sorridente. — Já
arrumei uma carona para casa. Obrigada.
— Miley, espere.
— Você é um idiota. E eu não quero que você
fique comigo por pena. Você pode ir embora.
Taylor me afastou de Zac.
— Nunca vi esse cara antes. Não seja burra.
Deixa que eu levo você em casa. Pode falar o que quiser para os seus amigos.
Vou concordar com tudo.
Levantei o meu queixo. Ele sabia que eu não
tinha amigos.
— Liguei para o meu pai. Estou bem — eu
disse, olhando para além dos ombros dele, na direção do menino que havia
seguido Taylor.
— Vou seguir vocês de carro, então — disse
ele, olhando para Zac.
— Tanto faz — Na verdade, me senti
secretamente aliviada e pensei que Taylor não era tão ruim assim. — Zac, o seu
carro está lá atrás?
— Por aqui, Miley.
Segui Zac para dentro de um carro negro
brilhante estacionado ilegalmente em cima do meio-fio.
Taylor e o seu amigo silencioso vieram atrás
como se fossem figurantes de um filme de Hollywood.
**
— Moro no lado Sul — eu disse quando chegamos
à estrada principal, e ele tomou o caminho correto.
Zac não disse uma palavra e nem olhou para
mim desde que entramos no carro. Antes, ele estava muito confiante. Mas agora
ele estava... tenso? Mesmo sem entender o porquê, um sentimento de alarme
começou a crescer em mim.
Como se ele tivesse sentido o mesmo que eu,
Zac se virou, dirigindo sem olhar para a estrada,
— Tarde demais — ele disse calmamente, e eu
senti o meu rosto perdendo a cor, — Calma. Eu falei para eles que seria fácil
enquanto você fosse jovem e boba. Fácil demais. Nem tem graça.
— Como é que é?
— Não é nada pessoal, Miley. Você é um nome
na lista. Ou, melhor, uma alma a ser colhida. Um nome importante, porém nada
mais do que um nome. Eles disseram que era impossível, mas agora você será a minha
passagem para um lugar melhor, você e a sua vidinha que de agora em diante não
vai mais acontecer.
—Taylor — eu disse, voltando-me para a luz
que ficava mais distante cada vez que Zac acelerava. — Ele está nos seguindo.
Meu pai sabe onde eu estou.
— Como se isso fosse fazer alguma diferença.
– Zac sorriu
— Pare o carro — eu disse com força. — Pare o
carro e me deixe sair. Você não pode fazer isso. As pessoas sabem onde eu
estou! Pare o carro!
— Parar o carro? — disse ele, rindo. —
Eu vou parar o carro.
Zac pisou fundo no freio e virou o volante.
Eu gritei, agarrando em qualquer coisa que estivesse na minha frente. Nós
havíamos saído da estrada. A gravidade estava me puxando para o sentido
contrário do normal. Movi a cabeça, levando as mãos atrás do meu pescoço, e
rezei.
— Miley! — veio à voz distante atrás de
mim. — Miley!
Era
Taylor. Respirei fundo.
— Zac? — sussurrei. Ele parecia estar
bem, em pé do lado de fora do carro arruinado.
— Ainda viva — ele disse com calma.
Meus olhos se arregalaram, mas não me
mexi quando ele puxou uma faca de dentro de sua fantasia. Tentei gritar, mas
minhas forças me abandonaram quando ele levou o braço para trás, como se fosse
me golpear.
— Não! — eu berrei, levantando os meus
braços. A lâmina desceu como um suspiro de gelo por mim, sem nem me machucar.
Olhei para o meio do meu peito, sem acreditar que eu não estava ferida, mas eu
sabia que a faca havia atravessado o meu corpo. Sem entender nada, olhei para
Zac, que estava em pé com a faca para baixo, olhando para mim.
— O quê... — tentei falar, mas parei assim
que percebi que eu não sentia mais dor nenhuma. Minha voz, por sua vez, estava
completamente muda.
Depois, Zac se virou e saiu andando.
— Miley! — eu escutei, lá longe, e depois senti
um toque leve no meu rosto. Mas isso também logo se dissolveu e não restou mais
nada.
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