- Hey,
finalmente a bela adormecida acordou – Miles da uma risada.
- O que
estão fazendo aqui?
- Vou levar
Roland ao observatório, pensei que talvez vocês quisessem ir também.
Ariane me olhou
com aquela cara de cachorro pidão que é impossível dizer não. Resultado: lá
estava eu indo ao observatório de Norristown – que é a única coisa legal nessa
cidade... O dia passou e descobrimos que a amizade de Ari e Roland era só
passageira. Sim, os dois ficaram o dia todo brigando... Eu por outro lado me
diverti muito com as brigas dos dois (porque querendo ou não, isso é hilário) e
com o Miles (o amigo mais legal que você pode ter). No fim da tarde Miles
recebeu uma ligação e tivemos que voltar para casa.
- Você está
bem Miles? Parece nervoso... – lhe pergunto antes de abrir a porta.
- Eu? Não,
que isso! Estou bem – ele sorri – Boa noite
- Boa noite
– despeço-me e entro em casa com Ariane
- Finalmente!
Cadê a vovó?
- Não sei...
Vou ver se está no quarto – subo as escadas e entro no quarto de minha avó. A
encontro deitada em sua cama.
- Vovó? A
senhora está bem?
- Sim
querida, só um pouco cansada. Coisa da idade – ela ri – Onde está Ariane?
- Aqui – ela
entra sorrindo no quarto e senta-se na cama
- Então como
foi o dia? Divertiram-se?
- Até que
foi legal, apesar do idiota do Roland... – Ari revira os olhos
- Idiota?
Pensei que eram amigos
- Pois é,
aparentemente não. Em algum momento do dia os dois começaram e discutir e não
pararam mais – explico
- O que posso
fazer se ele é um imbecil retardado que tem cérebro de ameba? Argh como ele me
irrita! – Ari levanta-se e sai do quarto. Vovó e eu trocamos um olhar e
começamos a rir.
*Três dias
depois*
Miles estava
estranho, com a cabeça MUITO longe. Quando eu perguntava, ele dizia que não era
nada só minha imaginação. Mas eu sabia que tinha algo estranho... E por falar
em “coisas erradas” estava acontecendo alguma coisa com minha avó. Ela passava
o dia todo em sua cama, eu sei que ela está um pouco velha (sem ofensas), mas
isso não é normal.
(Mudando
totalmente de assunto) Miles e eu decidimos levar Ari e Roland para uma casa de
jogos e tentar fazê-los serem amigos de novo... Mas não funcionou
Ariane mostra
a língua para Roland e sai.
- Garota
esquisita... – ele diz observando-a ir embora
- Ah o amor
é lindo – Miles diz com um suspiro
- O que? Eu
não amo a Ariane, eu odeio a Ariane!
- Roland, na
sua idade é a mesma coisa.
Dessa eu tive que rir
- Vou atrás
dela
Eu achei Ari
jogando pebolim com uma garota. Eu a levei até os dois depois dela ganhar (bem,
ela estava tão nervosa e jogou como um monstro que era impossível ela não
ganhar) e eu (com todo o meu amor e carinho de irmã) a forcei a pedir desculpas
para Roland. Ela deve estar querendo me matar agora, mas as brigas dos dois já
estavam me cansando.
Quando chegamos a
casa Ari entrou batendo a porta com toda sua força. Roland ficou esperando no
carro e Miles me acompanhou até a (pobre) porta.
- Nós ainda
vamos resolver isso – digo-lhe.
- Sim,
claro... – ele limita-se a dizer. E aqui está de volta o Miles do mundo da lua.
- Eu sei que
já perguntei isso um milhão de vezes, mas... Você está bem? Parece um pouco...
– e então ele me beija.
- Miles?! –
uma garota loira aparece aparentemente irritada, nos olhando em choque.
- Oh Deus...
– Miles diz baixinho. Sua expressão era a de um garotinho sendo pego pela mãe
após quebrar a janela de casa com sua bola de futebol.
- Eu não
acredito nisso... – a garota começa a gritar – Você é um grande idiota morto
Miles!
- Eu posso
explicar – ele vai até ela
- Como você
pode? Eu te odeio – a garota entra em seu carro e vai embora
- Molly
espera! – Miles entra em seu carro também e vai atrás dela
Alguém abre
a porta atrás de mim.
- O que
aconteceu? Eu ouvi gritos – era a minha avó
- Vovó, quem
é Molly? – pergunto-lhe olhando para a rua
- Molly? É a
noiva do Miles, por quê? Ela voltou?
Ótimo! Miles tem
uma noiva e me beijou. O que ele tem na cabeça? Macarrão?
Eu estava feliz
por rever meu melhor amigo, mas agora tudo o que eu quero é voltar pra casa...
Como ele pode esconder isso de mim?
Eu preciso de um
banho e ir dormir. Sim, vou fazer e Miles que vá pro inferno com sua querida
Molly... Ops! Desculpa, eu quis dizer “vida longa ao novo casal”!
*Dois dias
depois*
Não sei quem é
mais burro, Miles ou Molly. Dá pra acreditar que ela o perdoou? Pois é, eles
ainda vão se casar mês que vem...
Eu estava no meu
quarto, sentada na cama ouvindo musica para me distrair um pouco quando minha
vó apareceu na porta.
- Visita
para você querida
Ela saiu e
adivinha quem apareceu? Acertou quem disse Miles (nosso feliz noivo)
- Oi...
Tiro os meus
fones do ouvido
- E ai?
- Eu só
queria me desculpar. Eu estava confuso, não deveria ter feito aquilo. Você é
minha melhor amiga e...
- Não Miles.
Eu era. Parei de ser no momento em que você não me contou que estava noivo e ia
se casar mês que vem!
- Qual é
Luci! Você não pode ficar brava comigo pro resto do tempo que você estiver aqui
– ele parecia irritado agora
- Eu não preciso. Estou voltando para Nova York amanhã
- O que? – então sua expressão muda para completo choque (ele tem
feito muito disso essa semana)
- Eu até queria ficar para o seu casamento, mas acho que sua noiva
não ia gostar.
- Luci...
- Acredite em mim Miles, é melhor assim. Você poderia ir agora? Eu
tenho que arrumar minha mala
- Não vá Luci, por favor.
- Tchau Miles
Ele sai do meu quarto divido entre raiva e tristeza.
*No outro dia*
Minha
avó pediu a Cam para nos levar até o aeroporto. Eu pensei que Miles iria
aparecer, mas ele não apareceu... Liguei para Shelby pra avisar que estava
voltando.
- Alô – Ouço
a voz despreocupada de Shelby no outro lado da linha.
- Hey Shelby
- Luci? Até
que enfim você ligou, o que anda aprontando?
- No momento
estou no aeroporto esperando o avião, estou voltando pra casa...
- Aconteceu
alguma coisa? Pensei que iriam voltar só no mês que vem
- Sim, eu
ia. Mas achei melhor voltar agora
Ariane pega
o celular de minha mão.
- Mas que
fique bem claro que eu não estou de acordo com isso – dito isto ela me devolve
o celular e posso ouvir Shelby dar uma risada no outro lado da linha
- Ok. Vou
pegar vocês no aeroporto. Que horas vocês chegam?
- As 7:00p.m.
- Vou sentir
sua falta – Ari diz a vovó ao abraça-la, despedindo-se.
- Eu também
querida
- Vem Ari,
temos que ir. – pego em sua mão e entramos no avião.
*Uma semana
depois*
- Eu não
acredito que ele fez isso – Shelby muda sua expressão de desapontamento para
“alerta de fofoca” – Mas o que você sentiu quando ele te beijou?
- Sinceramente?
Eu gostei, eu sei que eu não devia, mas eu gostei... – o telefone toca e vou
atende-lo – Alô?
- Olá, eu
poderia falar com Lucinda Price?
- Sou eu,
pode falar.
- Eu sou
Francesca do Hospital St. Patrick é sobre a sua avó
Ariane e eu
pegamos o primeiro avião para Norristown.
Nós
fomos para o hospital. Minha vó estava dormindo e nós ficamos lá esperando ela
acordar.
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