quinta-feira, 26 de julho de 2012

Je t'aime [Parte 3]


- Você disse que estava bem, você não está bem. Foi uma mentira! – eu deveria manter a calma agora, bem, é mais fácil falar do que fazer.
- Eu não queria preocupa-las
- Você deveria ter nos contado. Não deveríamos ter voltado e deixado a senhora
- Não se preocupem comigo. Eu estou velha, não quero interferir na vida de vocês.
- Você é nossa avó. É claro que nos preocupamos
- Vocês são ótimas netas. Seus pais fizeram um bom trabalho – percebo que ela começou a ficar mais fraca
- A senhora está bem? Quer que eu chame o médico?
- Não. Eu ficarei bem – ela sorri – Cuide da sua irmã, ela precisará de você.
- A senhora está morrendo?
- Ariane! – digo, lhe repreendendo. Isso lá é coisa de se perguntar?
Vovó ri um pouco
- Tudo bem – ela segura nossas mãos – Eu amo vocês duas. Nunca se esqueçam disso
- Nós a amamos também vovó
Ela fecha os olhos. Ari e eu começamos a chorar.
Eu chamei o Dr. Brady, mas ele não pode fazer nada.
Ver uma pessoa que você ama morrer na sua frente é a pior coisa pela qual você pode passar.
Tudo o que eu queria agora era deitar na minha cama e ficar por lá um bom (e longo) tempo. Mas eu não podia, eu tinha que ser forte. Pela Ariane.
Nós estávamos na casa da vovó arrumando suas coisas (ela queria que ficássemos com a casa, mas não conseguiríamos viver ali. Quando o resto da família chegar, eles que decidam o que fazer). Em uma gaveta do meu antigo quarto eu achei uma foto minha com o Miles. Como eu queria que ele estivesse aqui agora.
- Luci...?
- Miles! – corri até ele e o abracei o mais forte que pude.

*Três dias depois*
- Vocês vão voltar para Nova York agora? – pergunta Roland
- Sim. Acho que a Luci não quer ficar para o casamento. – Ariane diz em resposta
- Não soube? Miles desistiu do casamento
- O que? Luci precisa saber disso – Ariane sai correndo
- Ei, espera! – e Roland vai atrás dela.

- Por que não me contou? – pergunto a Miles quando ele chega a varanda
- Contar o que? – ele parecia realmente confuso
- Que você não vai mais se casar! Por quê...?
- Eu não conseguiria. Molly merece alguém que a ame
- Pensei que você a amasse
Miles ri
- É, eu também
- O que te fez mudar de ideia?
- Eu me apaixonei... Pela minha melhor amiga
Eu dou uma leve risada e balanço a cabeça negativamente. Ele não podia estar falando sério.
- O que? Não acredita em mim?
- Eu só estive aqui por uma semana Miles. Você não pode se apaixonar por uma pessoa em uma semana a ponto de desistir de um casamento
- Não é verdade! Têm pessoas que se apaixonam, pra valer, nos primeiros momentos juntos
- E acaba tão rápido quanto começou
- Meus pais se conheceram numa segunda e se casaram numa sexta. Eles estão juntos até hoje. De qualquer forma eu não me apaixonei por você em uma semana. Eu estou apaixonado por você há uns dez anos, mas como você sumiu...
- Own isso é tão fofo. Se beijem logo!
- Ariane! O que você está fazendo aqui? – digo, meio envergonhada, meio irritada
Ari olha pra Miles
- Cam estava te procurando. Ele queria te entregar isso – ela dá um envelope a Miles que o abre.
- Ah meu Deus!
- O que foi? – pergunto lhe, preocupada.
- É de uma universidade em Nova York, eles me deram uma bolsa parcial.
- Parabéns – eu digo-lhe o abraçando
- Valeu – ele responde sorrindo, olhando para o papel em sua mão

Miles arrumava suas coisas dentro das malas em cima da cama, Cam e Roland entram em seu quarto.
- Então você vai mesmo para Nova York com elas?
- Ariane está indo embora? Graças aos Céus! – Roland ergue seus braços em agradecimento
- Pensei que tivessem parado com as brigas depois da... Ahm, senhora Price... – diz Miles, dobrando uma blusa e colocando na mala.
- Ah sim. Mas Ariane ainda é Ariane. Ou seja, continua sendo a mesma pessoa chata.
- Qual é Roland! Todos nós sabemos que você gosta dela
- Roland gosta da Ariane? – Miles joga uma almofada em Cam.
- Deixa de ser lerdo cara!
- Xinga mas não ofende poxa!
- O tamanho da inteligência do Cam é o tanto que eu gosto dela – diz Roland ao irmão
- Ah então você a odeia mesmo – brinca Miles
- Ei! OK eu vou descer porque isso aqui já virou um complô contra mim – Cam sai do quarto
- Roland sobe em cima da mala pra mim? Eu não consigo fecha-la
Roland dá uma risada sarcástica
- Te vira! – e sai do quarto também
- Eu amo os meus irmãos, eles são tão prestativos...

Ari, Miles e eu chegamos, finalmente, em casa.
- Shelby, está ai? – pergunto ao abrir a porta e ela aparece da cozinha
- Hei Luci, por que não me ligou? Eu podia busca-las no aeroporto e... – ela para de falar ao ver Miles.
- Oh ér... Shelby este é o Miles e Miles esta é minha amiga Shelby
- Prazer – Miles e Shelby dizem em uníssono, sorrindo.

Miles e Luci estavam de pé na varanda abraçados. Ariane e Shelby os observavam.
- Own eles ficam tão fofos juntos – diz Ariane com o queixo apoiado nas mãos.
- Sim. Formam um casal muito lindo.

É, com certeza essas férias não aconteceram como o planejado. Mas não posso me queixar, bem, não por tudo. Sobre minha vó eu devo seguir em frente (ou tentar) como fiz com a morte de meus pais (ok eu ainda não superei e não acho que vou tão cedo) de qualquer forma, preciso estar forte pela Ariane. O lado bom é que não preciso fazer isso sozinha. Eu tenho a Shelby e o Miles (já disse que amigos são a melhor coisa que existe? Pois são).
Decidi que vou deixar o destino fazer a parte dele. Ele já trouxe Miles de volta a minha vida, vamos ver até quando vai deixa-lo. Sinceramente eu só espero que seja por um bom e longo tempo.
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Worst end ever !! Eu sei... =/
Um dia eu melhoro a minha capacidade de fazer bons finais :D
Relembrando: os nomes dos personagens são do livro "Fallen" da autora Lauren Kate [não estou plagiando ninguém, só avisando para evitar problemas futuros]
Beijos e até sábado com DTM (:

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Je t'aime [Parte 2]


- Hey, finalmente a bela adormecida acordou – Miles da uma risada.
- O que estão fazendo aqui?
- Vou levar Roland ao observatório, pensei que talvez vocês quisessem ir também.
Ariane me olhou com aquela cara de cachorro pidão que é impossível dizer não. Resultado: lá estava eu indo ao observatório de Norristown – que é a única coisa legal nessa cidade... O dia passou e descobrimos que a amizade de Ari e Roland era só passageira. Sim, os dois ficaram o dia todo brigando... Eu por outro lado me diverti muito com as brigas dos dois (porque querendo ou não, isso é hilário) e com o Miles (o amigo mais legal que você pode ter). No fim da tarde Miles recebeu uma ligação e tivemos que voltar para casa.
- Você está bem Miles? Parece nervoso... – lhe pergunto antes de abrir a porta.
- Eu? Não, que isso! Estou bem – ele sorri – Boa noite
- Boa noite – despeço-me e entro em casa com Ariane
- Finalmente! Cadê a vovó?
- Não sei... Vou ver se está no quarto – subo as escadas e entro no quarto de minha avó. A encontro deitada em sua cama.
- Vovó? A senhora está bem?
- Sim querida, só um pouco cansada. Coisa da idade – ela ri – Onde está Ariane?
- Aqui – ela entra sorrindo no quarto e senta-se na cama
- Então como foi o dia? Divertiram-se?
- Até que foi legal, apesar do idiota do Roland... – Ari revira os olhos
- Idiota? Pensei que eram amigos
- Pois é, aparentemente não. Em algum momento do dia os dois começaram e discutir e não pararam mais – explico
- O que posso fazer se ele é um imbecil retardado que tem cérebro de ameba? Argh como ele me irrita! – Ari levanta-se e sai do quarto. Vovó e eu trocamos um olhar e começamos a rir.

*Três dias depois*
Miles estava estranho, com a cabeça MUITO longe. Quando eu perguntava, ele dizia que não era nada só minha imaginação. Mas eu sabia que tinha algo estranho... E por falar em “coisas erradas” estava acontecendo alguma coisa com minha avó. Ela passava o dia todo em sua cama, eu sei que ela está um pouco velha (sem ofensas), mas isso não é normal.
(Mudando totalmente de assunto) Miles e eu decidimos levar Ari e Roland para uma casa de jogos e tentar fazê-los serem amigos de novo... Mas não funcionou
Ariane mostra a língua para Roland e sai.
- Garota esquisita... – ele diz observando-a ir embora
- Ah o amor é lindo – Miles diz com um suspiro
- O que? Eu não amo a Ariane, eu odeio a Ariane!
- Roland, na sua idade é a mesma coisa.
Dessa eu tive que rir
- Vou atrás dela
Eu achei Ari jogando pebolim com uma garota. Eu a levei até os dois depois dela ganhar (bem, ela estava tão nervosa e jogou como um monstro que era impossível ela não ganhar) e eu (com todo o meu amor e carinho de irmã) a forcei a pedir desculpas para Roland. Ela deve estar querendo me matar agora, mas as brigas dos dois já estavam me cansando.
Quando chegamos a casa Ari entrou batendo a porta com toda sua força. Roland ficou esperando no carro e Miles me acompanhou até a (pobre) porta.
- Nós ainda vamos resolver isso – digo-lhe.
- Sim, claro... – ele limita-se a dizer. E aqui está de volta o Miles do mundo da lua.
- Eu sei que já perguntei isso um milhão de vezes, mas... Você está bem? Parece um pouco... – e então ele me beija.
- Miles?! – uma garota loira aparece aparentemente irritada, nos olhando em choque.
- Oh Deus... – Miles diz baixinho. Sua expressão era a de um garotinho sendo pego pela mãe após quebrar a janela de casa com sua bola de futebol.
- Eu não acredito nisso... – a garota começa a gritar – Você é um grande idiota morto Miles!
- Eu posso explicar – ele vai até ela
- Como você pode? Eu te odeio – a garota entra em seu carro e vai embora
- Molly espera! – Miles entra em seu carro também e vai atrás dela
Alguém abre a porta atrás de mim.
- O que aconteceu? Eu ouvi gritos – era a minha avó
- Vovó, quem é Molly? – pergunto-lhe olhando para a rua
- Molly? É a noiva do Miles, por quê? Ela voltou?
Ótimo! Miles tem uma noiva e me beijou. O que ele tem na cabeça? Macarrão?
Eu estava feliz por rever meu melhor amigo, mas agora tudo o que eu quero é voltar pra casa... Como ele pode esconder isso de mim?
Eu preciso de um banho e ir dormir. Sim, vou fazer e Miles que vá pro inferno com sua querida Molly... Ops! Desculpa, eu quis dizer “vida longa ao novo casal”!

*Dois dias depois*
Não sei quem é mais burro, Miles ou Molly. Dá pra acreditar que ela o perdoou? Pois é, eles ainda vão se casar mês que vem...
Eu estava no meu quarto, sentada na cama ouvindo musica para me distrair um pouco quando minha vó apareceu na porta.
- Visita para você querida
Ela saiu e adivinha quem apareceu? Acertou quem disse Miles (nosso feliz noivo)
- Oi...
Tiro os meus fones do ouvido
- E ai?
- Eu só queria me desculpar. Eu estava confuso, não deveria ter feito aquilo. Você é minha melhor amiga e...
- Não Miles. Eu era. Parei de ser no momento em que você não me contou que estava noivo e ia se casar mês que vem!
- Qual é Luci! Você não pode ficar brava comigo pro resto do tempo que você estiver aqui – ele parecia irritado agora
- Eu não preciso. Estou voltando para Nova York amanhã
- O que? – então sua expressão muda para completo choque (ele tem feito muito disso essa semana)
- Eu até queria ficar para o seu casamento, mas acho que sua noiva não ia gostar.
- Luci...
- Acredite em mim Miles, é melhor assim. Você poderia ir agora? Eu tenho que arrumar minha mala
- Não vá Luci, por favor.
- Tchau Miles
Ele sai do meu quarto divido entre raiva e tristeza.

*No outro dia*
Minha avó pediu a Cam para nos levar até o aeroporto. Eu pensei que Miles iria aparecer, mas ele não apareceu... Liguei para Shelby pra avisar que estava voltando.
- Alô – Ouço a voz despreocupada de Shelby no outro lado da linha.
- Hey Shelby
- Luci? Até que enfim você ligou, o que anda aprontando?
- No momento estou no aeroporto esperando o avião, estou voltando pra casa...
- Aconteceu alguma coisa? Pensei que iriam voltar só no mês que vem
- Sim, eu ia. Mas achei melhor voltar agora
Ariane pega o celular de minha mão.
- Mas que fique bem claro que eu não estou de acordo com isso – dito isto ela me devolve o celular e posso ouvir Shelby dar uma risada no outro lado da linha
- Ok. Vou pegar vocês no aeroporto. Que horas vocês chegam?
- As 7:00p.m.

- Vou sentir sua falta – Ari diz a vovó ao abraça-la, despedindo-se.
- Eu também querida
- Vem Ari, temos que ir. – pego em sua mão e entramos no avião.

*Uma semana depois*
- Eu não acredito que ele fez isso – Shelby muda sua expressão de desapontamento para “alerta de fofoca” – Mas o que você sentiu quando ele te beijou?
- Sinceramente? Eu gostei, eu sei que eu não devia, mas eu gostei... – o telefone toca e vou atende-lo – Alô?
- Olá, eu poderia falar com Lucinda Price?
- Sou eu, pode falar.
- Eu sou Francesca do Hospital St. Patrick é sobre a sua avó

Ariane e eu pegamos o primeiro avião para Norristown.
Nós fomos para o hospital. Minha vó estava dormindo e nós ficamos lá esperando ela acordar.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Je t'aime [Parte 1]


- Alô – Ouço a voz despreocupada de Shelby no outro lado da linha.
- Hey Shelby
- Luci? Até que enfim você ligou, o que anda aprontando?
- No momento estou no aeroporto esperando o avião, estou voltando pra casa...
- Aconteceu alguma coisa?

*Cinco anos atrás*
- Nova York? – Miles parecia chocado, como se alguém tivesse lhe dado um soco no estômago.
- Sim. Transferiram o trabalho do meu pai pra lá, nós vamos daqui três dias – digo a ele, triste.

*Três dias depois – No aeroporto*
Confesso que nunca gostei dessa cidade. Sempre achei que me daria melhor em outro lugar, uma cidade maior e menos tediosa. Ir para Nova York era um sonho, que agora se tornaria real. Eu estava muito feliz, até lembrar o que eu deixaria para trás. Miles era meu melhor amigo, o único na verdade. Ir embora e deixa-lo fora a coisa mais difícil que já fiz na vida.
- Vou sentir sua falta – digo chorando, ao abraçar Miles.
- Eu também, muito! – percebi que ele estava juntando todas as suas forças para não chorar também. Separo o abraço e entra no avião com meus pais.

*Quatro anos depois*
Agora eu moro com minha melhor amiga, Shelby. Ela me apoiou bastante depois que meus pais morreram (ontem fez um ano). Estava pensando em levar Ariane para visitar nossa avó. Faz oito meses que ela veio nos visitar, e uns três anos que não vamos pra lá.
- Hey Luci, eu e a Ariane vamos tomar sorvete. Você vem? – Shel grita do corredor.
- Claro – grito em resposta.

- Quando nós vamos visitar a vovó? – Ari me pergunta, com sorvete até no nariz. Pego um guardanapo e a limpo.
- Nas férias.
- Mas vai demorar muito...
- Claro que não. Quatro meses passam voando – Obrigada Shel
- Shelby está certa. Agora termina esse sorvete que temos de voltar pra casa.
Quatro meses se passaram, para felicidade de Ariane, e agora vamos visitar a vovó. Nem acredito que fazem cinco anos que eu saí de lá para vir morar em Nova York com meus pais... Eu sei que já faz um ano, mas ainda dói lembrar-me deles.
- Luci me ajuda a fechar? – Me viro e vejo Ari em cima da mala, eu a fecho e levo até o carro.
- Já foi tudo?
- Siiim – Ari senta no banco de trás do carro – Podemos ir.
Shelby ri e entra no carro também.
- Vamos ou sua irmã não vai sossegar

*No aeroporto*
- Promete ligar todos os dias? – Shel pergunta, ao me abraçar.
- Por que não vem com a gente Shel?
- Não posso Ari, trabalho de verão...
- Vou ligar cinco vezes ao dia, sete dias da semana. Está mais tranquila agora? – respondo à Shelby
- Com certeza. Ainda mais pelo fato de que não sou eu que pago sua conta telefônica – ela diz, rindo.

Graças a Deus só faltam 20 minutos para chegarmos à casa da vovó. Nunca tinha reparado como Ariane era ligada a ela. A criatura não me deixou em paz um segundo da viagem.
- Eba! Chegamos – Ari abre um grande sorriso. Nós descemos do avião e avisto nossa vó nos chamando.
- Lucinda! Ariane! – ela acena para nós e Ari sai correndo ao seu encontro.
- Vovó!

- O que vamos fazer hoje? – Ari pergunta inquieta ao sentar-se no sofá ao lado de vovó.
- Bem, tem uma Festa dos Fundadores hoje à noite. Se quiserem podemos dar uma passada lá
- Legal! Agora... O que tem pra comer?
A noite chegou e nós três fomos para a Festa dos Fundadores. Era no porto e toda a cidade estava lá. Ariane foi correndo para os brinquedos e eu fui atrás dela. Vovó ficou com suas amigas na barraca de crochês. Coloquei Ari na roda gigante e um garotinho mais ou menos de sua idade, de cabelos cacheados sentou-se ao lado dela. Eu o olhei por alguns segundos, ele me lembrava alguém... Quando a roda começou a girar eu me virei para a praia, o mar estava calmo e convidativo. Deu-me uma vontade enorme de mergulhar nele, mas ao invés disso fui até o quiosque pedir uma batida de maçã e morango com chocolate, então o garoto do quiosque se virou pra mim.
- Luci?
- Ah meu Deus! Miles?
- O que você está fazendo aqui?
- Eu vim visitar minha avó... Eu não acredito você passou de mim!

*Oito anos atrás*
- Isso é frustrante. Eu me sinto uma formiga – Miles diz-me um pouco triste.
- Mas ainda é meu melhor amigo... Anãozinho – não aguento e solto uma risada.
- Ei! Um dia eu ainda fico maior que você
- Aposto 10 dólares que isso não vai acontecer

*Presente*
- Acho que alguém aqui me deve 10 dólares – Miles diz sorridente
Eu não acredito. Rever o Miles é como voltar no tempo. Depois que fui embora começamos a nos distanciar até que paramos de nos falar. Estou tão feliz por encontra-lo. Acho que deveria ter vindo pra cá mais vezes durante esses 5 anos...
Miles terminou seu turno no quiosque e foi comigo ver como estava Ari. Então descobri porque aquele garotinho me lembrava alguém. Ele era seu irmãozinho, Roland. Nós deixamos os dois aos cuidados do irmão mais velho de Miles: Cam e fomos dar uma volta na praia.
- Então o que tem feito nesses 5 anos? – Miles me pergunta, olhando para o mar que começara a se agitar.
- Nada demais. Terminei o colegial, entrei pra faculdade
- Arquitetura?
- Sim... E agora eu e Ariane moramos com uma amiga num apartamento minúsculo desde que, bem, desde que meus pais morreram...
- Sua avó me contou sobre isso... Podemos mudar de assunto se quiser – ele dá-me um sorriso reconfortante
Eu sorrio de volta. Apesar dos anos Miles ainda me entendia melhor do que ninguém (não fique brava Shel, mas é verdade). Ele sempre sabia o que eu estava pensando antes de eu dizer.
- E você o que tem feito?
- Bem, eu... – antes que ele pudesse responder Ariane chama o meu nome.
- Luci – ela grita de longe com Cam e Roland ao lado dela – A vovó tá chamando.
Voltamos com eles pra festa e Miles nos levou até em casa. Antes de me mudar Cam estava dando aulas de direção a Miles e tenho que confessar que aquilo era mais engraçado do que qualquer filme de comédia. Mas graças a Deus ele aprendeu a dirigir bem, afinal o hospital de Norristown era o último lugar que eu estava a fim de visitar. Quando cheguei em casa e subi para o meu quarto percebi o quanto estava cansada. Deitei em minha cama e dormi sem esforço algum. Um sono sem sonhos que acabou rápido demais pro meu gosto. Quando o despertador tocou de manhã parecia que eu havia dormido por nem uma hora. Com muito esforço me levantei e fui para a cozinha. Quando cheguei lá desejei desesperadamente ter me arrumado melhor antes de descer. Miles e Roland estavam ali.
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Obs: Os nomes são dos personagens da série "Fallen", então todos os créditos vão a escritora Lauren Kate
Xoxo - J